Na manhã desta segunda-feira (08/04), representantes da Defensoria Pública do Estado da Paraíba, da Defensoria Pública da União e do Ministério Público Federal estiveram reunidos na comunidade São Rafael, em João Pessoa. O objetivo foi visitar em loco e dialogar com as famílias sobre as remoções previstas no Projeto João Pessoa Sustentável.
Os três órgãos se dividiram em grupos para visitar as residências dos moradores designados para a área amarela, segundo o último mapa divulgado pela prefeitura de João Pessoa. Nessa área, os moradores seriam autorizados a permanecer, porém sem direito à documentação de suas casas.
Após as visitas domiciliares, os defensores e suas equipes encontraram-se com os moradores na sede do Instituto Voz Popular. O coordenador do projeto, Daniel Pereira, apresentou um mapa de alternativas para as remoções, buscando soluções que atendam aos interesses da comunidade.
Ficou previsto que até o dia 30 de abril, as famílias ausentes durante a visita e que desejam permanecer na comunidade podem enviar suas solicitações através do site do MPF na Paraíba. serão incluídos na revisão proposta por esses órgãos junto à prefeitura de João Pessoa.
Além disso, foi sugerido que as famílias da Rua Beija-Flor, uma das mais afetadas pelas remoções, produzissem um abaixo-assinado solicitando uma nova vistoria e a permanência na área. Os moradores afirmam que a região nunca foi alagada e que não deveria ter entrado na área de remoção.
Esse esforço conjunto das instituições e dos moradores demonstra um comprometimento em encontrar soluções justas e adequadas para as questões relacionadas ao projeto de desenvolvimento urbano que não vem sendo justo com as famílias desde sua construção em 2013.
O Instituto Voz Popular e a Associação de Moradores da Comunidade São Rafael continuam engajados na defesa dos direitos dos moradores e na busca por alternativas que garantam suas permanências e qualidade de vida.