Entre os dias 21 e 23 de maio, Brasília foi palco da Terceira Plenária Nacional das Rádios Comunitárias, um encontro de suma importância para o movimento que visa democratizar a comunicação no Brasil. Organizado pela Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO BRASIL), o evento reuniu presidentes e entusiastas do segmento, que trouxeram à mesa diversas pautas urgentes e necessárias.
Um dos principais temas em destaque foi a morosidade nos processos de outorga na Casa Civil do Governo Federal, um entrave que perdura há anos e que tem prejudicado inúmeras entidades por todo o país. A falta de agilidade nesses processos impacta diretamente na capacidade das rádios comunitárias em operarem legalmente e ampliarem sua atuação.
Durante o encontro, foram realizadas várias mesas de discussão, abordando questões cruciais para o setor. Desde a conjuntura nacional da radiodifusão comunitária e da mídia alternativa no Brasil, até temas como a presença das mulheres nas rádios comunitárias e os diálogos sobre gênero, etnia e raça na comunicação, todas as discussões visaram fortalecer o movimento e promover a diversidade e inclusão dentro do meio.
Geremias Santos, presidente nacional da ABRAÇO, ressaltou a importância do evento e destacou a representatividade das emissoras presentes, mesmo diante das dificuldades enfrentadas por diversos estados para se fazerem presentes na capital federal. Geremias enfatizou o papel crucial das rádios comunitárias na democratização da comunicação e na promoção da pluralidade de vozes em meio ao cenário midiático brasileiro.
O evento não apenas serviu como um espaço de troca de experiências e conhecimento, mas também como uma plataforma de pressão sobre o governo, buscando maior apoio e investimento para o segmento das rádios comunitárias, que historicamente têm sido negligenciadas em políticas públicas de comunicação.
Diante dos desafios enfrentados e da determinação dos participantes, a Terceira Plenária Nacional das Rádios Comunitárias se revelou como um marco na luta por uma comunicação mais justa, inclusiva e democrática no Brasil.
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