No último dia 25 de maio, o Jardim Botânico Benjamin Maranhão foi palco de uma iniciativa que trouxe à tona reflexões profundas sobre a história do Brasil e a significância do dia 13 de Maio. Embora tradicionalmente associado à celebração da Lei Áurea e ao fim da escravidão no país, o evento buscou desconstruir esse marco histórico e instigar uma análise mais crítica sobre seus desdobramentos e desafios contemporâneos.
A roda de capoeira, protagonizada pelo Grupo Terra Firme, foi um momento central do evento, no qual se destacou a importância de resgatar e preservar as tradições culturais afro-brasileiras, tão fundamentais para a identidade nacional. Enquanto os movimentos ágeis e ritmados ecoavam pelo jardim, os participantes refletiam sobre a herança deixada pelos ancestrais e sobre a luta contínua por igualdade e justiça.
A presença das crianças do Projeto Voz Popular da comunidade São Rafael acrescentou uma dimensão educativa e esperançosa à atividade. Ao explorarem as trilhas do jardim e participarem da roda de capoeira, elas não apenas se conectaram com a natureza e com sua própria história, mas também absorveram lições valiosas sobre respeito, inclusão e solidariedade.
O mestre Raposão, líder do Grupo Terra Firme, e seus monitores enfatizaram a importância de compreender o contexto histórico do 13 de maio e seus impactos na sociedade brasileira contemporânea e a importância da continuidade da luta por mais diretos ao povo preto.