POLÍTICA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NA PARAÍBA ENFRENTA INSTABILIDADE COM 4º SECRETÁRIO EM UM ANO

A política de economia solidária na Paraíba continua a enfrentar turbulências e incertezas com a nomeação do quarto secretário em um período de apenas um ano. Após a recente saída da secretária Priscilla Benjamin, o governador João Azevêdo (PSB) nomeou um novo titular para a pasta, Roberto Beltrão outra vez um nome ligado ao partido Republicanos. 

A troca constante de secretários reflete a falta de continuidade e de diálogo com os principais atores do setor. Segundo membros do Fórum de Economia Solidária, essa política pública vem sendo negligenciada há mais de seis anos, o que compromete iniciativas de desenvolvimento local e de apoio a empreendimentos solidários.

A nomeação do novo secretário, realizada sem consulta prévia ao Fórum de Economia Solidária, suscitou críticas e preocupações sobre a capacidade de articulação e de implementação das políticas necessárias para o avanço da economia solidária no estado. Representantes do movimento argumentam que essa falta de diálogo prejudica a construção de políticas efetivas e inclusivas.

Segundo os membros do fórum a cada novo secretário, eles precisam reiniciar as discussões e muitas das suas demandas urgentes ficam paradas. Para os membros da atual Coordenação é um retrocesso.

O movimento de economia solidária na Paraíba aguarda agora uma audiência com o governador João Azevêdo para discutir a situação e solicitar a realização de conferências estaduais sobre o tema. Essas conferências são vistas como fundamentais para o planejamento e a definição de diretrizes claras e participativas para a economia solidária no estado.

Segundo o FPES, desde 2018, a Paraíba tem apresentado desafios significativos na implementação de políticas de economia solidária, um setor que é vital para a promoção do desenvolvimento sustentável e para a inclusão socioeconômica de diversas comunidades. A instabilidade na secretaria responsável pela pasta reforça a necessidade de uma abordagem mais estruturada e de um compromisso efetivo do governo estadual com os princípios da economia solidária. Os atores do movimento esperam que o novo secretário possa promover um diálogo aberto e construtivo, e que o governo estadual tome medidas concretas para garantir a continuidade e a eficácia das políticas de economia solidária. 

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