INSTAGRAM CENSURA JORNAL A VERDADE

Em mais um ataque à liberdade de imprensa e ao direito à comunicação popular e da classe trabalhadora, o grupo Meta, conglomerado responsável por plataformas como Instagram e Facebook, removeu do ar o perfil oficial do Jornal A Verdade no Instagram, na manhã desta quinta-feira (05). A decisão foi tomada de forma arbitrária, sem qualquer aviso prévio ou explicação clara, impedindo que milhares de seguidores tivessem acesso às coberturas e denúncias realizadas pelo jornal.

O Jornal A Verdade é um veículo popular, construído com base no trabalho voluntário de militantes, estudantes e trabalhadores em todo o país. Ao longo dos últimos meses, o jornal destacou pautas invisibilizadas pela grande mídia: a luta contra o despejo na Favela do Moinho em São Paulo, as campanhas por moradia popular, a mobilização nacional pelo fim da escala 6x1, greves em diversas categorias.

Em seu site oficial a organização aponta que um dos motivos mais evidentes para a censura é a postura firme e contínua do jornal na denúncia do genocídio cometido pelo Estado de Israel contra o povo palestino, tema quem vem sendo constantemente silenciado pelas grandes corporações midiáticas e pelas plataformas digitais, especialmente aquelas sob controle do grupo Meta. 

Para o coletivo que constrói o jornal, a retirada da página representa uma tentativa deliberada de asfixiar a comunicação popular e limitar o acesso da população às vozes dissonantes do modelo neoliberal e das políticas imperialistas. “Não se trata apenas de uma violação à liberdade de expressão, mas de um ataque político ao jornalismo comprometido com a classe trabalhadora e com a transformação da sociedade”, afirmam em nota.

Apesar do ataque, a equipe do jornal afirma que não recuará. O trabalho será intensificado com a distribuição do jornal impresso, que já ultrapassa 40 mil exemplares vendidos por edição em diversas regiões do Brasil. A Brigada Nacional do Jornal A Verdade, agendada para este sábado (07), levará o jornal às fábricas, comunidades, terminais de ônibus, praças e feiras populares, reafirmando o compromisso com sua linha editorial: “um jornal da classe trabalhadora na luta pelo socialismo”.

Este episódio se soma a outros casos de censura e perseguição aos meios alternativos e populares, acendendo um alerta sobre o poder que grandes corporações de tecnologia que as famosas Bigtecs exercem sobre a comunicação pública e sobre os riscos à democracia quando esse poder é usado para silenciar vozes críticas ao sistema capitalista.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

REDE BRASILIRA DE BANCOS COMUNITÁRIOS SE REUNI COM PREFEITURA DE DONA INÊS NA PARAÍBA PARA DISCUTIR PRIMEIRO BCD MUNICIPAL NO ESTADO

4ª CONAES TERMINA COM A CRIAÇÃO DO FÓRUM PESSOENSE DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

3ª CONFERÊNCIA TEMÁTICA DE FINANÇAS SOLIDÁRIAS REÚNE MOVIMENTO DE ECOSOL EM SALVADOR