NA COP28 EM DUBAI CÍCERO DIZ QUE VALOR DE COMPRA ASSISTIDA É 130 MIL E DOCUMENTO QUE FOI REPASSADO PARA OS MORADORES CONSTA 115 MIL

Durante a COP28 em Dubai, o prefeito de João Pessoa, Cícero, tem estado no centro das atenções não apenas por apresentar os planos ambiciosos de ação climática e mobilidade financiados pelo Programa João Pessoa Sustentável, mas também por alegações de discrepância nos valores relacionados à modalidade Compra Assistida.

Cícero afirmou que o valor de compra assistida é de 130 mil, mas documentos repassados aos moradores indicam a quantia de 115 mil. A discrepância gerou questionamentos sobre a transparência no programa, especialmente considerando que o gestor municipal também reivindica a autoria da modalidade, implementada desde 2014 na gestão anterior de Luciano Cartaxo.

Além disso, o prefeito apresentou dados controversos sobre a ausência de mortes nos últimos três anos devido às enchentes do Rio Jaguaribe, contrastando com registros que apontam óbitos relacionados ao problema há mais de uma década na cidade.

Enquanto Cícero representa a cidade na COP28, famílias afetadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Programa João Pessoa Sustentável clamam por uma audiência desde a posse do prefeito, sem sucesso até o momento.

Enquanto líderes globais na COP28 destacam a necessidade da participação popular para combater os impactos do aquecimento global, o prefeito da capital paraibana enfrenta críticas locais pela falta de diálogo com diversos setores interessados. O novo plano diretor da cidade, prestes a ser aprovado, também está sob escrutínio, com centenas de críticas de ambientalistas, arquitetos, urbanistas e outros movimentos sociais que afirmam não terem sido ouvidos durante o processo de elaboração.

A cidade de João Pessoa aguarda esclarecimentos do prefeito Cícero sobre as discrepâncias nos valores e a abertura do diálogo com os setores afetados pelos planos de desenvolvimento.